Friday, March 23, 2007

Princípios estratigráficos

Principio da sobreposição:
Segundo este princípio, os sedimentos mais antigos tem que ficar por baixo dos mais recentes. Assim, numa série normal, qualquer camada é mais moderna do que a que lhe serve de base e mais antiga do que a que lhe fica por cima. Este princípio não se aplica a camadas que estejam deformadas ou invertidas, pois essa deformação deu-se posteriormente à sua formação.
Existem algumas excepções a este princípio. As rochas sedimentares podem sofrer processos de erosão, dobramento e intrusão, que não vão respeitar este princípio.


Principio da continuidade:
Em diferentes pontos da Terra pode haver a mesma sequência estratigráfica, mesmo faltando um elemento tem a mesma idade, ou seja, é a correlação entre estratos distanciados lateralmente.

Principio da idade paleontológica:
A atribuição de uma idade relativa a um estrato (ou a um conjunto de estratos) e a comparação de ambientes de sedimentação só se tornou possível a partir do século XIX, quando William Smith enunciou o princípio da identidade paleontológica, onde mencionava “se os estratos possuírem os mesmos fósseis, então formaram-se mais ou menos ao mesmo tempo e em áreas com ambientes semelhantes”.
É com base neste princípio que se procura estudar aprofundada mente a história da Terra.

Principio da intersecção e principio da inclusão:
Sempre que uma estrutura é intersectada por outra a que intersecta é mais recente.
O estrato que apresenta a inclusão é mais recente que os fragmentos do estrato incluído.

Principio da horizontalidade:
Os sedimentos depositam-se em camadas horizontais, pelo que, qualquer fenómeno que altere essa horizontalidade é sempre posterior à sedimentação.

Principio do actualismo e das causas actuais:
As causas que provocaram determinados fenómenos são idênticas às que provocaram os mesmos fenómenos no presente.
"O presente é a chave do passado"
Duna fóssil de Oitavos

Há cerca de 10000 anos, verificou-se uma acentuada descida do nível médio das águas do mar provocando alterações do litoral que terão levado à formação desta duna. Inicialmente, ela seria constituída por grãos de areia "soltos" que se moviam pela acção do vento. Estes grãos foram-se progressivamente fixando e ligando entre si devido à deposição/precipitação de partículas carbonatadas e argilosas que eram transportadas nas águas que circulavam entre eles. Terá sido deste modo que essa duna consolidou e se preservou até aos dias de hoje.

Na imagem, é possível observar o interior da estrutura dunar. Da sua análise é possível deduzir algumas características do ambiente de formação da duna como por exemplo a direcção predominante dos ventos que lhe deram origem.
A duna assenta sobre um antigo nível de solo, mais argiloso e acastanhado, com conchas de gastrópodes (caracóis) do género Helix, fossilizadas.
Estes terrenos arenosos, por serem muito permeáveis, secam rapidamente não acumulando água. Deste modo a vegetação existente não é muito abundante, sendo essencialmente rasteira e arbustiva.
A fauna existente é igualmente condicionada, predominando os pequenos mamíferos roedores e insectívoros.

Tuesday, March 20, 2007

Fósseis

Os Fósseis são restos ou vestígios preservados de animais, plantas ou outros seres vivos em rochas, sedimentos, gelo ou âmbar. Preservam-se como moldes do corpo ou partes deste, rastros e pegadas. A totalidade dos fósseis e sua colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registro fóssil. A palavra "fóssil" deriva do termo latino "fossilis" que significa "ser desenterrado". A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia. A fossilização raramente ocorre porque a matéria orgânica dos seres vivos tende a ser rapidamente decomposta. Logo, para que um organismo seja fossilizado, os restos devem ser rapidamente cobertos por sedimentos.

Sunday, March 18, 2007

NOTICIA:

Dois sismos na Indonésia

Pelo menos 70 mortos na ilha de Sumatra, disse fonte presidencial

Dois terramotos mataram hoje pelo menos 70 pessoas na ilha de Sumatra, na Indonésia, disse um porta-voz do presidente. Os sismos de forte intensidade feriram centenas de pessoas e foram sentidos na Malásia e em Singapura, onde vários edifícios foram evacuados.

“Neste momento o balanço é de 70 mortos no conjunto das diferentes zonas e de dezenas de feridos”, disse Sudi Silalahi, porta-voz do presidente Susilo Bambang Yudhoyono.Na cidade de Padang, capital provincial na parte ocidental de Samatra, o primeiro sismo atingiu a magnitude de 6,3 e provocou o pânico porque a população temia um novo tsunami. Mas não há indicação de ter havido um maremoto. O abalo ocorreu às 11h00 locais.O instituto nacional da Indonésia mediu a intensidade do sismo em 5,8 na escala de Richter. A agência de meteorologia de Singapura estimou a magnitude em 6,6.Vários edifícios ruíram e outros ficaram bastante danificados. Entre 200 a 300 pessoas deram entrada nos hospitais de Padang. O epicentro foi localizado a 420 quilómetro de Singapura, segundo o Instituto de Geologia dos Estados Unidos.Duas horas mais tarde um segundo tremor de terra, com magnitude 6,0, atingiu a mesma área, aumentando o pânico entre a população. Autoridades locais disseram que pelo menos 14 pessoas morreram na cidade de Solok, 40 quilómetros a nordeste de Padang. Outras 16 pessoas morreram em Batusangkar, a norte de Padang, disse Rustam Pakaya, chefe do centro de crise do ministério indonésio da Saúde. Entre os mortos há crianças que foram atingidas pela queda de edifícios.
06 de Março de 2007
NOTICIA

Caso:
Mar morto
"O MAR ESTÁ A DESAPARECER"



Com ajuda do Banco Mundial, cientistas criam plano para restaurar o nível do corpo d'água, que está a secar.O mar Morto está a morrer. Mas ainda pode ser salvo. E agora as três partes interessadas na sua sobrevivência -a Autoridade Palestina e os governos de Israel e Jordânia assinaram um acordo para iniciar estudos sobre a viabilidade de não só salvar o mar mas também melhorar a vida das populações em boa parte da região, com ajuda do Banco Mundial. O mar interior fica na fronteira entre Israel e Jordânia. Tem esse nome porque é salgado demais para permitir a vida de peixes e plantas. E está a desaparecer. O seu ritmo de "morte" é relativamente rápido: o seu nível fica 80 cm mais baixo a cada ano. No começo do século 20, a sua área era de 950 km2; em 1997 era de 640 km2. "O mar Morto está a secar muito rapidamente desde o começo dos anos 60 por dois motivos: o uso da água da bacia para irrigação e a evaporação acentuada por conta da indústria de potassa [hidróxido de potássio] ", disse Michael Beyth, cientista-chefe do Ministério da Infra-estrutura de Israel e um estudioso do tema. O actual projecto foi baptizado de "Canal da Paz" -embora não seja um canal (mais propriamente um aqueduto) e a paz ainda seja mercadoria rara na região. A ideia em estudo é levar água do mar Vermelho ao mar Morto, salvando o lago salgado e provendo água para a agricultura e povoações pelo caminho. O "canal" teria cerca de 80 km de comprimento. "Com a constante redução do nível do mar, o canal torna-se cada dia mais importante, para compensar a água perdida pela evaporação e pela manutenção de tradicionais áreas turísticas da região", diz Beyth. O mar Morto é popular entre turistas. Sua altíssima salinidade faz com que qualquer um consiga boiar sem esforço em suas águas. Segundo Beyth, a construção do aqueduto levaria dez anos e custaria muito dinheiro. Vários estudos foram feitos ao longo dos anos. Outros projectos recentes, agora descartados, previam canais ligando o mar Morto ao Mediterrâneo. A ligação mar Vermelho-mar Morto foi considerada a melhor opção. Além de servir para recompor o nível de água, o aqueduto e suas obras paralelas trariam a dessalinização e produção de 800 milhões de metros cúbicos de água potável por ano, diz o cientista israelita. Ainda há desafios científicos pelo caminho. Resgatar o mar Morto não significa só ligar uma mangueira de água do mar para enchê-lo. É preciso saber exactamente qual o tipo de água levar até ele. Mas o projecto despertou a atenção da comunidade científica da região. E, se bem-sucedido, daria um excelente exemplo de convivência e cooperação para uma das regiões politicamente mais instáveis do planeta.

Saturday, March 10, 2007

CURIOSIDADES acerca das propriedades físicas dos minerais


-> A história da utilização dos minerais resulta da observação dos achados arqueológicos. O homem pré-histórico, para cobrir as suas necessidades, fez uso do sílex e outras variedades de quartzo. Nas sociedades neolíticas, o homem usou gemas (minerais utilizados em joalharia e ourivesaria) como moeda de troca. Quando descobriu os metais (ouro, cobre, estanho, ferro) passou a fazer uso deles. O conhecimento dos metais e a sua utilização caracterizou alguns períodos da antiguidade, como a Idade do bronze ou a Idade do ferro. Actualmente, o homem faz uso directo ou indirecto de quase todos os minerais conhecidos, mais de 2.600 espécies minerais.

-> As características fundamentais de espécie mineral são a ordem geométrica, a periodicidade no arranjo da matéria, bem como a natureza dos átomos que entram na composição química da espécie mineral.

-> A origem do nome dado às diferentes espécies minerais é bastante diversificada. Existem nomes derivados da composição química do mineral (exemplos: cuprite = óxido de cobre; manganite = hidróxido de manganês), nomes derivados do nome de uma localidade onde o mineral foi descoberto (exemplos: autunite = Autun (França); labradorite = Labrador (Canadá), nomes derivados de uma das propriedades do mineral [exemplos: cor – albite = albus (branco); densidade – barite = barus (pesado); clivagem – ortóclase ou ortose = clivagens ortogonais], nomes derivados do nome de uma pessoa (exemplos: berzelianite = Berzelius; smithsonite = Smithson).

Propriedades físicas dos minerais

Introdução

Raramente um mineral pode ser identificado por uma única propriedade, sendo usualmente necessário recorrer a várias.
Distinguem-se as propriedades físicas e as propriedades químicas. Eu irei abordar as propriedades físicas.


Cor dos minerais

A cor é a propriedade mais óbvia na observação dos minerais. Os minerais na sua maioria apresentam-se coloridos.

Minerais idiocromáticos: são minerais com uma cor característica e própria, apresentando sempre a mesma cor.
Exemplos: malaquite – verde; galenite – cinzento; pirite – amarelo de latão.

Minerais alocromáticos: são minerais que não apresentam cor constante, isto é, são minerais cuja cor é susceptível de variar
Exemplos: quartzo – pode ser incolor, branco, róseo, violeta, amarelo ou negro.

Malaquite

Pirite

Quartzo leitoso

Quartzo

Conclusão a cerca da cor dos minerais

Posso assim concluir que como a cor raramente é única para cada mineral e porque a verdadeira cor pode ser alterada, esta característica não constitui uma propriedade muito fiável na identificação de minerais.


Risca ou traço dos minerais

A risca ou traço corresponde à cor do mineral quando reduzido a pó.
Determina-se o traço de um mineral esfregando o mineral em questão sobre uma placa de porcelana não polida – placa de traço. Esta placa tem, aproximadamente, D=7 pelo que não pode ser utilizada para determinar o traço de minerais com dureza superior ou igual a 7. Nestes casos ter-se-à de reduzir o mineral a pó, num almofariz.



Técnica para observação da risca


Os minerais idiocromáticos têm normalmente risca negra ou de cor escura. A pirite, por exemplo, tem cor amarelo-latão e a risca é negra.
Geralmente, os minerais alocromáticos têm risca incolor ou, pelo menos, de cor cinzento-clara.



Conclusão a cerca da risca dos minerais

A risca é uma propriedade importante na identificação de minerais, porque mesmo que a cor do mineral varie entre limites amplos, a risca mantém-se normalmente constante, podendo, em certos casos, ser diferente da própria cor do mineral. A pirite, por exemplo, tem cor amarelo-latão e a risca é negra.

Brilho

Os minerais são também classificados com base nas diversas estruturas cristalinas, ou seja, a ordem rigorosamente geométrica, em que se posicionam os seus átomos. São as estruturas cristalinas que conferem aos minerais a dureza, o brilho, transparência, a densidade e muitas outras características.
Também as pedras preciosas são minerais de especial beleza, que são cortados e refinados para aumentar o seu esplendor.


O brilho é o resultado da qualidade e da intensidade da luz que é reflectida na superfície dos minerais.

É costume identificar o brilho dos minerais pela semelhança com o brilho de objectos muito conhecidos.
Assim, os minerais podem ser classificados, quanto ao brilho, de dois tipos:

Brilho Metálico

Brilho Não metálico


Brilho Metálico — minerais reflectem a luz de um modo semelhante ao dos matais polidos (costumam geralmente ter risca escura ou negra)
Ex: galenite

Quando o brilho do tipo metálico é sensivelmente mais fraco, designa-se por brilho sub metálico.
Ex: Volframite

Brilho Não metálico — reflecte a luz de um modo semelhante a outros materiais que não sejam metal polido.



CURIOSIDADES

· O precioso diamante e a vulgar grafite dos lápis são ambos cristais de carbono.
· Pode acontecer que o mesmo elemento forme cristais completamente diferentes em função da variação das condições em que se encontram.


Clivagem

A clivagem e a fractura são 2 propriedades físicas dos minerais que estão relacionadas com o aspecto que estes adquirem após serem submetidos a um fenómeno que seja capaz de provocar a sua divisão
Assim…
A tendência que um mineral possui para se dividir segundo superfícies planas e brilhantes, em determinadas direcções, é designada por clivagem.
Assim, quando é aplicada uma pancada de um martelo sobre uma amostra de calcite, esta divide-se em superfícies planas e brilhantes, que pelo choque continuado, se repetem paralelamente a si mesmas;

Por conseguinte, qualquer plano paralelo ao plano de clivagem é potencial ponto de clivagem.

A clivagem é “fruto” do arranjo dos átomos ou iões e do facto das ligações químicas serem mais fortes em determinados sentidos, separando-se com maior facilidade os planos que se encontram ligados por forças mais fracas. A clivagem está, assim, relacionada com a textura do mineral.


Fractura

Quando um mineral não apresenta clivagem visível, e se desagrega em fragmentos com superfícies mais ou menos irregulares sem direcção privilegiada, quando percutido, então estamos perante a propriedade física dos minerais designada por fractura.
Esta propriedade física revela que todas as ligações são igualmente fortes, qualquer que seja a direcção considerada.
As superfícies de fractura não se repetem paralelamente a si mesmas e apresentam diferentes aspectos.

Dureza

Dureza → Esta é uma das mais importantes propriedades para a identificação de muitos minerais. Define-se como dureza de um mineral a resistência que uma superfície lisa do mineral apresenta a ser arranhada (sulcada) por outro material (outro mineral, a ponta de uma faca, etc.). Em última instância, a dureza de um mineral está relacionada à reacção da estrutura cristalina à aplicação de esforço sem ruptura.

Friday, March 02, 2007

Actividade experimental
Porosidade das rochas

Introdução

Á superfície da Terra decorre um conjunto vasto de processos e fenómenos que se traduzem essencialmente pela desagregação das rochas, transformando-as em materiais detríticos e soluções químicas (meteorização).

As rochas podem sofrer uma meteorização mecânica e química. A meteorização mecânica inclui diversos processos que fragmentam as rochas; entre eles consta o crescimento de cristais de gelo nas fissuras e nos poros, quando a temperatura ambiente baixa para além do ponto de congelação da água. Também o crescimento de cristais salinos (como por exemplo o gesso e o sal) são responsáveis pela rápida degradação das rochas.

A meteorização química é a decomposição da rocha resultante de uma exposição à água e gases atmosféricos (principalmente oxigénio, dióxido de carbono e vapor de água). Os ácidos são os agentes de meteorização química mais efectivos, sendo de destacar o ácido carbónico resultante da dissolução de dióxido de carbono em água e os ácidos orgânicos produzidos pelas plantas ou resultantes da sua decomposição.

O processo de meteorização está assim dependente de diversos factores, nomeadamente do clima, tipo de rocha, vegetação, etc.

Segundo o seu processo de formação, as rochas têm propriedades muito diversas e respondem de forma diferente às mudanças climáticas.

A porosidade de um material rochoso influencia na resistência aos compostos ácidos das plantas e desagregação pelos gelos.

Define-se porosidade como sendo a percentagem de espaços vazio existentes numa rocha quando comparada com o seu volume total.

Com o objectivo de avaliar a porosidade de diferentes tipos de rochas, propõe-se a realização do seguinte protocolo experimental.

Quanto líquido pode conter uma rocha?

Podemos ter uma estimativa da porosidade de uma rocha através da medição da sua capacidade de absorção.
Amostras a testar: granito são, granito alterado, calcário cristalino, mármore e arenito calcário.
Para cada amostra, será talhado um paralelepípedo com dimensões aproximadas 3 cm x 6 cm.
Procedimento experimental:

a) Secar as amostras numa estufa a 60° C até estabilizar o peso;
b) Pesar cada amostra e registar os valores obtidos;
c) Introduzir as amostras durante 1 hora numa altura de água igual a ¼ da sua altura;
d) Após a 1ª hora de ensaio, acrescentar água até perfazer uma altura igual a metade da altura das amostras;
e) As amostras são assim mantidas durante mais 23 horas;
f) Decorridas as primeiras 24 horas de ensaio, acrescentar água até se atingir uma cota aproximada de 2 cm acima do topo das amostras.

1. Como espera que irá variar a capacidade de absorção das amostras testadas?

g) Ao fim de 48 horas, pesar novamente as amostras e registar os valores obtidos.

2. Após analisar os resultados obtidos, indique:
2.1. Qual é a rocha mais porosa?
2.2. Qual é a rocha menos porosa?
2.3. Qual será a rocha menos resistente ao processo de gelivação?

3. Explique a que se devem as diferenças de porosidade observadas nos diversos tipos de rochas.

4. Refira uma situação onde pode ser necessário fazer o estudo da porosidade de rochas.

Discussão dos resultados

A maioria das rochas pode armazenar água nos pequenos espaços porosos existentes entre os grãos ou ao longo das fissuras. O parâmetro que nos dá uma estimativa dessa capacidade é a porosidade, definida como sendo a percentagem de espaços vazios existentes numa rocha quando comparada com o seu volume total.

Segundo alguns esquemas de classificação, podemos dizer que existem principalmente 2 tipos de porosidades: a porosidade primária ou singenética (deposicional) e secundária ou epigenética (pós - deposicional).

Alguns poros, originalmente, são espaços entre partículas sedimentares adjacentes ou vesículas – pequenas cavidades – que se formaram nas rochas ígneas à medida que os gases se escapavam a partir do magma em arrefecimento. Nos sedimentos que foram compactados e cimentados originando rochas sedimentares, a precipitação de minerais – cimento – nos espaços porosos reduziu a porosidade original do depósito. Este tipo de porosidade é a chamada porosidade primária porque se desenvolveu ao mesmo tempo da formação da rocha.

A porosidade secundária desenvolve-se após a rocha se ter formado. Fracturas de origem tectónica e erosão contribuem para a ocorrência desse tipo de porosidade.

Geralmente a porosidade primária é maior nos sedimentos e rochas sedimentares e menor em rochas cristalinas, não meteorizadas (ígneas e metamórficas). Nas rochas metamórficas, muitos espaços porosos foram selados pelas imensas pressões a que foram sujeitas as rochas ou preenchidos por cristais que precipitaram a partir de fluidos quentes existentes profundamente na litosfera.

Conclusão

Na escolha de rochas para a construção, é necessário conjugar da melhor forma, as propriedades manifestadas por estas com os condicionalismos climáticos da área.

A velocidade de meteorização de uma rocha depende da sua composição mineralógica, textura e estrutura.

O quartzo, por exemplo, é tão resistente à deterioração química que as rochas também ricas em quartzo são resistentes (ex. quartzito, granito). No entanto, até essas rochas podem se desagregar rapidamente, se apresentarem fissuras ou outro tipo de espaços, que as tornam susceptíveis à gelivação.

A nível climático, a humidade e a temperatura promovem as reacções químicas. Assim, a meteorização é mais intensa em regiões de climas quentes e húmidos do tipo tropical húmido.

Nas regiões de clima frio e seco, a meteorização química dá-se muito lentamente; os efeitos da meteorização física são geralmente mais óbvios.

Contrastes dramáticos na meteorização podem ser vistos no caso das rochas carbonatadas expostas a condições climáticas diferentes. Rochas como o calcário e mármore, que consistem essencialmente em calcite, são muito susceptíveis à meteorização química em climas húmidos.

Nas regiões de clima seco, o mesmo tipo de rocha não sofre dissolução devido à falta de água e vegetação escassa.
Meteorização


Meteorização é o processo natural de decomposição ou desintegração de rochas e solos, e seus minerais constituintes, por acção dos efeitos químicos, físicos e biológicos que resultam da sua exposição a factores ambientais (neles se incluindo os factores antropogénicos, isto é devidos directa ou indirectamente à acção humana). Em resumo, a meteorização é o fenómeno natural a que estão sujeitos todos os materiais geológicos quando expostos à acção combinada da atmosfera, da hidrosfera, da biosfera e da antroposfera, ocorrendo de forma permanente e generalizada em toda a superfície terrestre, não devendo contudo ser confundida com os efeitos da erosão, embora tenha frequentemente com eles uma relação estreita de causa e efeito.
A meteorização pode ser física ou química


Efeitos da meteorização química nos monumentos:








Efeitos da meteorizaçao química nas rochas:



Thursday, March 01, 2007

«Desastre nacional» na Bolívia
2007/02/28

Fortes chuvas e inundações afectam o país

O presidente da Bolívia, Evo Morales, declarou «desastre nacional» na sequência das fortes chuvas e inundações que têm afectado o país, decorrentes do «El Niño», informam as agências internacionais.
Oito dos nove departamentos estão a ser severamente castigados, sendo que o balanço até agora é de 35 mortos, dez desaparecidos e meio milhão de desabrigados.
«Declara-se a situação de desastre nacional pela presença de efeitos climáticos adversos provocados pelo fenómeno de El Niño 2006-2007», afirma um decreto supremo expedido pelo presidente, abrindo a possibilidade de angariação de mais recursos da cooperação internacional.
Morales afirmou ter tomado esta decisão depois de sobrevoar o departamento amazónico de Beni, no nordeste da Bolívia, onde pelo menos 50% de seus 213.000 km2 de superfície estão debaixo de água.
O decreto autoriza o Ministério da Fazenda a distribuir os recursos de «até 1% das verbas autorizadas pelo Orçamento Geral da Nação, que serão destinados à atenção das regiões afectadas».