Wednesday, February 28, 2007

Mineral

É um corpo natural sólido e cristalino formado em resultado da interacção de processos físico-químicos em ambientes geológicos. Ex. calcite


Rocha

Rocha (ou popularmente pedra ou calhau para um pedaço solto de rocha) é um agregado natural composto de alguns minerais ou de um único mineral, podendo ou não conter vidro (o vidro não é considerado um mineral).



Rochas sedimentares

A palavra sedimentar tem origem no latim sedere (= acumular) e é uma referência ao seu processo de formação.


As rochas sedimentares são um dos três principais grupos de rochas, cobrindo cerca de 2/3 da área dos continentes e a maior parte do fundo dos oceanos.




Formam-se por três processos principais:
  • Pela deposição (sedimentação) das partículas originadas pela erosão de outras rochas (conhecidas como rochas sedimentares clásticas);
  • Pela deposição dos materiais de origem biogénica;
    E pela precipitação de substâncias em solução.

E podem ser divididas em:

  • Clásticas
  • Orgânicas
  • Químicas

Materiais constituintes das Rochas Sedimentares:

Minerais Herdados – provêm da rocha pré-existente;

Minerais de Neoformação – minerais novos formados durante o processo de sedimentogénese ou de diagénese devido a fenómenos físico/químicos.


Alguns exemplos de rochas sedimentares:

Calcário
Os calcários (do latim "calx -cis", "cal") são rochas sedimentares que contêm minerais com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonite ou calcita). Quando o mineral predominante é a dolomite (CaMg {CO3}2 ou CaCO3 . MgCO3) a rocha calcária é denominada calcário dolomítico.





Travertino
O travertino é uma rocha calcária, dura, compacta, densa, geralmente de estrutura concêntrica ou fibrosa. Tal rocha é formada pela rápida precipitação química de carbonato de cálcio, apresentando frequentemente marcas de ramos e folhas. Também é conhecida pelo nome de tufo calcário.








Arenito
O arenito é uma rocha sedimentar que resulta da compactação e litificação de um material granular da dimensão das areias. O arenito é composto normalmente por quartzo, mas pode ter quantidades apreciáveis de feldspatos, micas e/ou impurezas. É a presença e tipo de impurezas que determina a coloração dos arenitos; por exemplo, grandes quantidades de óxidos de ferro, fazem esta rocha vermelha.
Geralmente é depositado em ambiente continental, nos rios e lagos, ou em ambiente marinho, em praias, deltas ou nas sequências turbidíticas do talude continental.






Evaporitos
Evaporitos são rochas sedimentares vulgarmente formadas em ambientes de sedimentação de baixo aporte de terrígenos, submetidos a clima seco onde as taxas de evaporação das águas são elevadas, permitindo a formação de uma salmoura a partir da qual minerais evaporíticos se formam.
O potencial económico dessas rochas é enorme, valendo salientar que o cloreto de sódio ou sal de cozinha é um dos minerais evaporíticos de maior importância para o ser humano.
Além disso, os evaporitos costumam estar associados a ambientes altamente produtivos em matéria orgânica e no registro geológico é conhecida a associação de campos gigantes de petróleo e sequências espessas de evaporitos.


Carvão
O carvão é uma substância de coloração negra e de firme consistência, amplamente utilizada como combustível.

Saturday, February 24, 2007

Caso: Esmoriz


NOTÍCIAS do dia 22 de Fevereiro de 2007


Hermínio Loureiro criticou «indiferença» de Ministério do Ambiente em relação ao avanço do mar



O deputado do PSD Hermínio Loureiro questionou hoje o Governo sobre que «medidas imediatas» irá adoptar para evitar o contínuo avanço do mar na zona de Esmoriz, criticando a «indiferença» demonstrada pelo Ministério do Ambiente, noticia a Lusa.



«Quais as medidas imediatas que o Ministério irá adoptar para evitar este contínuo avanço do mar no litoral do Distrito de Aveiro, mais concretamente no Concelho de Ovar», questiona Hermínio Loureiro, num requerimento hoje entregue na Assembleia da República.



Reclamando uma intervenção «imediata e urgente» no litoral do distrito de Aveiro, o deputado social-democrata relata que a 3 de Fevereiro visitou a praia de Esmoriz, tendo constatado «a necessidade de serem tomadas medidas urgentes para evitar o avanço do mar, protegendo pessoas e bens».



No requerimento, Hermínio Loureiro lembra que já a 31 de Janeiro tinha solicitado ao ministro do Ambiente «uma intervenção urgente no litoral do distrito de Aveiro», lamentando que até agora nada tenha sido feito.



«Esta indiferença e ausência de resposta do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional são altamente preocupantes», refere do deputado do PSD, sublinhando que «um problema com esta dimensão exige medidas excepcionais», não havendo «tempo a perder».



No requerimento enviado a 31 de Janeiro, Hermínio Loureiro já tinha alertado para os riscos de erosão costeira entre a Foz do Douro e a Nazaré, salientando que «o litoral do distrito de Aveiro tem uma taxa média de recuo muito elevada, superior à média nacional».



Nessa data, o deputado do PSD apontava as zonas de Espinho, Ovar, Esmoriz, Cortegaça, Maceda, Furadouro, Costa Nova, Vagueira e Areão como «zonas de elevado risco».
Quinta-feira à noite, as habitações junto à praia de Esmoriz foram ameaçadas pelo avanço do mar.



O paredão de defesa da costa começou a abrir junto ao Bairro dos Pescadores e, pelas 18:00, a água chegou a algumas casas, sem provocar danos de maior.


Maré desceu, alguns habitantes vão passar a noite em hotel

Esmoriz, Ovar 22 Fev. (Lusa) – A maré já recuou na praia de Esmoriz, de onde hoje foram retirados alguns habitantes de casas em que a água entrou, uma situação que o presidente da Câmara de Ovar afirma ter previsto.



Rupturas na muralha de defesa da costa provocadas pela maré forte de terça-feira levaram a que pelas 18:00 de hoje a água chegasse a algumas casas na praia, que os habitantes procuraram proteger com telhas e sacos de areia.



O risco de a maré voltar a aproximar-se das casas mantém-se, uma vez que a próxima preia-mar se verifica às 03:00 de sexta-feira.




O presidente da Câmara de Ovar, Manuel Oliveira, disse à Agência Lusa que desde 2005 que vem alertando para o risco de rupturas na muralha e referiu que na terça-feira contactou o Instituto da Água a dar conta dos rombos na muralha.



Manuel Oliveira afirmou ter hoje falado com a Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e foi informado que o vice – presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional virá a Esmoriz ainda esta noite.



"Já chega de análises, é preciso acção" para repor e conservar a estrutura de defesa costeira, defendeu o autarca, que deu indicações à Protecção Civil Municipal para alojar e proteger as pessoas em risco.



Algumas pessoas das casas mais directamente ameaçadas foram aconselhadas a sair das habitações e passar a noite num hotel, providenciado pela autarquia, mas houve quem preferisse ficar.



"Já tive água em casa antes, andei no mar toda a vida e não tenho medo", afirmou um dos que preferiu ficar, Alberto Oliveira Carapuço, de 64 anos.



"Estou à espera que resolvam a ruptura no paredão e vivo com minha mulher. Ela tem medo mas diz que fica comigo", acrescentou.



Alberto Carapuço afirmou que a água entrou cerca das 18:00, mas referiu que "já estava à espera" e que a maré "não estragou nada".



"Para a frente, vamos ver", rematou.

Tuesday, February 13, 2007

GEOLOGIA:

Cheias

O que é uma cheia?
As cheias são fenómenos naturais extremos e temporários, provocados por precipitações moderadas e permanentes ou por precipitações repentinas e de elevada intensidade. Este excesso de precipitação faz aumentar o caudal dos cursos de água, originando o derrame do leito normal e a inundação das margens e áreas circunvizinhas. Nalgumas partes do globo as cheias podem dever-se também ao derretimento de calotes de gelo.
As cheias podem ainda ser causadas pela rotura de barragens, associadas ou não a fenómenos meteorológicos adversos. As cheias induzidas por estes acidentes são geralmente de propagação muito rápida.


Ribeira do Porto (Rio Douro), Dezembro 1989


Os prejuízos resultantes das cheias são frequentemente avultados, podendo conduzir a perda de vidas humanas e bens. O impacte no tecido sócio-económico da região afectada é geralmente significativo, podendo levar à destruição completa de explorações agrícolas e agro-pecuárias entre outras. A prevenção e mitigação do efeito das cheias é, por isso, de extrema importância.



Saída da Golegã para Lisboa (Rio Tejo), 1979






Duração de uma cheia:
O tempo necessário para que uma cheia ocorra e a sua duração dependem das características da bacia hidrográfica do rio em questão. Bacias de pequena dimensão apresentam, geralmente, condições para que uma cheia se forme e propague rapidamente, por vezes em escassas horas. Pelo contrário, em bacias de grandes dimensões, o pico da onda de cheia, e as inerentes inundações, demoram mais tempo a instalar-se, permitindo um aviso mais atempado às populações. Demoram também mais tempo a desaparecer, podendo demorar mesmo vários dias.

Podemos prever uma cheia?
Na maior parte dos casos, é possível prever uma cheia, através das observações meteorológicas e do conhecimento das descargas das barragens, e assim minimizar as suas consequências, avisando antecipadamente as populações através dos meios de comunicação social (jornais, rádio, televisão), e recomendando as medidas de auto-protecção adequadas. Contudo, em casos de inundação súbita, provocada por precipitações intensas e repentinas, associadas a instabilidades atmosféricas de difícil previsão, nem sempre é possível que a população seja alertada com a devida antecipação.
No âmbito da Protecção Civil, a possibilidade de ocorrência de cheias em Portugal Continental começa, geralmente, a ser analisada a partir do Outono, altura em que, normalmente, se inicia o período húmido em Portugal, estendendo-se até à Primavera.

As cheias em Portugal Continental:
As situações de chuva intensa, que originam as cheias, encontram-se associadas a condições de instabilidade atmosférica.
As inundações ocorrem um pouco por todo o país mas as bacias hidrográficas dos médios e grandes rios são as mais afectadas. Os rios Tejo, o Douro e o Sado têm um longo historial de cheias, frequentemente reportadas na comunicação social.
Outros rios apresentam actualmente maior capacidade para evitar a ocorrência de cheias. O rio Mondego, por exemplo, dispõe já de um sistema integrado de regularização (barragens e diques) que reduz a ocorrência de cheias frequentes.

As ocorrências mais graves de cheias em Portugal:

Dos inúmeros acontecimentos históricos registados, destacam-se as cheias que maior impacte tiveram em Portugal Continental:

1909
Dezembro
Rio Douro. Atingiu na Régua o caudal máximo de 16 700 m3/s;
1948
Janeiro
As mais generalizadas em Portugal, por se terem verificado em quase todos os rios do Continente;
1962
Janeiro
Norte e Centro do País, com principal incidência nos rios Mondego e Douro, onde se cotou como a 2ª maior cheia do século XX;
1967
Novembro
Rio Tejo. Morreram cerca de 500 pessoas, grande número de casas ficou gravemente danificado e foram destruídos muitos quilómetros de infra-estruturas;
1978
Fevereiro
Rios Tejo e Sado;
1979
Fevereiro
Rio Tejo. A cheia durou 9 dias, tendo provocado 2 mortos, 115 feridos, 1 187 evacuados e avultados prejuízos materiais. O distrito de Santarém foi o mais afectado. Considera-se como a maior cheia do século XX;
1983
Novembro
Rio Tejo. Morreu uma dezena de pessoas, 610 habitações foram completamente destruídas, 1 800 famílias desalojadas, tendo os prejuízos ascendido a cerca de 18 milhões de contos (valores da época);




Cascais, 1983







1989
Dezembro
Rios Tejo e Douro. Provocou 1 morto, 61 pessoas foram evacuadas no Distrito de Santarém e 1 500 ficaram desalojadas no Distrito de Vila Real (Régua), onde atingiu um caudal máximo de 12.000 m3/s.


Constância (Rio Tejo), 1989






1997
Outubro
Monchique. Precipitação muito intensa durante quatro horas alagou impetuosamente a localidade, com elevados prejuízos materiais em habitações, viaturas e equipamentos (ex: Termas das Caldas de Monchique).
1997
Novembro
Baixo Alentejo. Onze mortos devido a inundações repentinas nos concelhos de Ourique, Aljustrel, Moura e Serpa.
2000/01
Inverno
Rios Douro e Tejo. Um período de Inverno excepcionalmente chuvoso originou uma série de cheias consecutivas entre os meses de Dezembro e Março. Os distritos de Vila Real, Porto e Santarém foram os mais afectados. Outras bacias hidrográficas também registaram diversas situações de cheia, algumas das quais atingiram níveis recorde. Ao todo, durante este Inverno, cerca de uma dezena de pessoas perdeu a vida nas cheias, a maioria ao atravessar indevidamente zonas caudalosas. A saturação dos solos proporcionada pela precipitação contínua causou ainda diversos aluimentos de terras que provocaram mortos e desalojados.
2001
Janeiro
Rio Mondego. Níveis excepcionais de precipitação na região de Coimbra originaram um elevado caudal do Mondego, o que provocou a rotura dos diques do leito central do rio em 13 pontos distintos (por erosão dos taludes). A zona a jusante de Coimbra ficou alagada durante quase uma semana, com especial incidência para o concelho de Montemor-o-Velho.


Instabilidade atmosférica:
As condições climáticas e os regimes pluviométricos que se verificam em Portugal, proporcionados pelos núcleos de baixa pressão, que se formam no Oceano Atlântico, associados a sucessivas frentes húmidas que percorrem o País para leste, provocam períodos alongados de intensas precipitações em vastas áreas de Portugal.
O atravessamento destes sistemas frontais, ao efectuar-se para Leste, pode também afectar o território espanhol registando-se, consequentemente, um acréscimo das afluências às secções fronteiriças, contribuindo para as cheias na parte portuguesa das bacias internacionais.
Outro tipo de fenómenos meteorológicos, distintos dos anteriores, são os de origem convectiva, que produzem precipitações muito intensas e confinadas a uma reduzida dimensão espaço-temporal. Estas situações conduzem geralmente a pontas de cheia elevadas, sobretudo quando afectam as pequenas bacias hidrográficas. Este tipo de fenómenos, pela sua reduzida dimensão espacial, é por vezes de difícil previsão.



Bacias Hidrográficas dos rios DOURO, TEJO e SADO















NOTICIA:

Braga: EDP defende construção barragens para evitar cheias

O director da produção hidráulica da EDP – Energias de Portugal defende que é necessário aumentar a capacidade de retenção nos afluentes portugueses do Douro, para evitar situações de cheia.

"Temos uma capacidade de armazenamento de água de apenas nove por cento daquilo que poderíamos ter", explicou José Franco, num encontro com jornalistas na barragem do Alto Rabagão, em Montalegre, no distrito de Braga."As barragens actualmente existentes na bacia do Douro não têm, na prática, qualquer possibilidade de contribuir para o amortecimento das grandes cheias do curso principal do rio em território português", explicou.
Assim, a análise dos dados disponíveis confirma que "a ocorrência das cheias se deve, não a caudais excessivos provenientes de Espanha, mas sim aos caudais registados nos afluentes portugueses", sustenta. Entre eles, José Franco destacou o contributo dos sectores Águeda-Côa, Tua-Távora e Tâmega-Paiva, referindo que a solução deverá passar pela construção de barragens com albufeiras de capacidade significativa nesses afluentes, nomeadamente através da construção de novas centrais hidroeléctricas.
Estas, referiu, assegurariam "facilmente as variações normais de carga e são as únicas que podem responder satisfatoriamente às ocorrências acidentais, mesmo em períodos de baixa hidraulicidade". As centrais hidroeléctricas permitem, precisamente, que em períodos de menor utilização de energia (à noite) a água na albufeira seja "puxada" através de um sistema de bombagem, para ser armazenada e posteriormente utilizada.
Com a construção de novas barragens que integrem este sistema, será assim possível à EDP controlar "mais facilmente" uma cheia, porque a água pode ser armazenada, referiu o responsável, lembrando que, "se não existisse a central de Lindoso", as povoações de Ponte da Barca e Ponte de Lima já teriam desaparecido.
É que, apontou, os oito aproveitamentos existentes no curso principal do rio, cujas albufeiras são do tipo fio de água, não possuem praticamente qualquer capacidade de regularização de caudais, não podendo, por isso, contribuir para o amortecimento das grandes cheias.
"Somos acusados de muitas vezes actuar no Douro com teorias economicistas e isso não é verdade. Quando lançamos caudais que provocam inundações na Régua é porque não temos alternativa, porque no Douro a capacidade de retenção de água é muito reduzida", frisou.
Segundo José Franco, por cada aproveitamento hidráulico é feita uma análise em função dos caudais afluentes e evolução das cotas em articulação com o Instituto da Água (INAG), procurando-se dentro do possível minimizar os efeitos quer a montante quer a jusante. Em situações de cheia, sublinhou, a preocupação principal da parte da EDP é precisamente assegurar a salvaguarda de pessoas e bens.
Com uma gestão adequada das albufeiras é assim possível, de acordo com a EDP, tanto em circunstâncias normais como em situações de excepção (cheias e secas), o conhecimento antecipado dos caudais permite tomar decisões que nuns casos supõe um melhor aproveitamento dos recursos e noutros a diminuição, ou anulação de eventuais danos provocados a jusante das albufeiras. Todas as centrais estão, por sua vez, telecomandadas a partir da Régua, referiu.
01 de Fevereiro de 2007

Tuesday, February 06, 2007

Espécies introduzidas em Portugal
Espécie invasora:
Trandescantia fluminensis Velloso (erva-da-fortuna)

Categorias Taxonómicas:
Reino: Pantae
Filo: não encontrado
Classe: Angiospermae
Ordem: não encontrado
Família: não encontrado
Género: Trandescantia
Espécie: Trandescantia fluminensis

Características da espécie:
Caméfilo herbáceo com caules compridos, prostrados, enraizando nos nós. Folhas com 3 a 8 cm, ovadas a Ovado-oblongas, agudas, um tanto suculentas, geralmente purpurescentes na página inferior, glabras. Flores reunidas em cimeiras paucifloras; pedicelos com 1 a 2 cm, delgados; sépalas com 3 a 9 mm, lanceoladas e mais ou menos naviculares, glabras mas com quilha um tanto pubescente; pétalas com 7 a 12 mm, Ovado-lanceoladas, brancas ou lilacíneas.
Esta é, uma das muitas espécies invasoras no nosso país.

Origem geográfica:

Parte tropical da América do Sul: do Sudeste do Brasil à Argentina.

Forma de introdução em Portugal:

Espécie introduzida para fins ornamentais.

Distribuição em Portugal Continental:
Minho; Douro Litoral; Beira Litoral; Beira Alta; Estremadura; Alto Alentejo e Baixo Alentejo.

Ambientes preferenciais de invasão:
Geralmente esta planta prefere sítios sombrios e húmidos, sendo muito comum no sub coberto tanto de matas geridas como de bosques naturais, zonas ripícolas áreas perturbadas e urbanas. Continua, no entanto, a ser cultivada em jardins. Apesar de se desenvolver melhor em zonas de sombra, também cresce com luz e muito azoto. Não tolera o gelo e a seca diminui o seu vigor.

Impacto no ambiente:
Esta espécie aumenta a sua distribuição muito facilmente por crescimento vegetativo; pequenos fragmentos dos caules radicantes originam uma nova planta com facilidade. É uma espécie persistente que forma tapetes contínuos, prevenindo deste modo a regeneração de plantas nativas.


Medidas de combate (Métodos de controlo):

  • Controlo físico:

Pequenas áreas podem ser controladas arrancando manualmente, ou enrolando os “tapetes”. Em zonas quentes pode usar-se solarização, mantendo-se o plástico de 2 a 6 semanas. No entanto, é importante ter em conta que se fragmenta muito facilmente e que cada fragmento que tenha nós pode originar novas plantas com facilidade.

  • Controlo químico:

recorre-se por vezes à aplicação de químicos, sendo o triclopir um dos princípios activos usados; pode ser necessário mais do que uma aplicação. Tendo em conta os possíveis efeitos adversos, nas outras espécies e no meio ambiente, a sua aplicação deve ser sempre muito bem ponderada, sendo desaconselhada em áreas naturais.


A Clonagem

Clonagem humana:
A Clonagem está na ordem do dia, suscitando surpresa, entusiasmo, receio…ao estudar-se a genética faz sentido abordarmos brevemente como ocorre o processo da clonagem e as questões que levanta.Uma das questões que têm inquietado o mundo é a possibilidade de se produzirem clones humanos. Assim, considerando que a clonagem é uma intolerável agressão à identidade humana, foi criado um protocolo, em que é declarada a proibição da clonagem humana reprodutiva. Entre outros receios, domina o que se relaciona com a tentação de se seleccionarem as características mais desejáveis para se reproduzirem seres com objectivos muito específicos. A manipulação do código genético poderia possibilitar a tentação de se produzirem seres humanos com características previamente seleccionadas. Esta ideia associa-se ao projecto defendido pelos nazis, que advogavam a selecção e reprodução da raça ariana.

Mas afinal, o que é clonar?

Clonar é fazer cópias de um ser vivo copiando o seu ADN. Isto é, em vez de um ser resultar da combinação do ADN do pai e da mãe, o novo ser resulta da cópia de um só progenitor.

Existem dois tipos de clonagem:

- Clonagem reprodutora: processo pelo qual se cria uma cópia de um ser vivo com a finalidade, por exemplo, de preservar uma espécie, clonar um animal que nos era querido, ter um filho do nosso sangue, etc.- Clonagem terapêutica: processo com o objectivo de clonar órgãos para transplantes.
Em Fevereiro de 1997, uma ovelha, Dolly, foi o primeiro mamífero a nascer sendo um clone de uma célula mamária de uma ovelha adulta. Tal como nos gémeos homozigóticos, as duas ovelhas eram geneticamente idênticas. Muito brevemente, descreverei o processo em que estiveram envolvidas três ovelhas: pegaram num óvulo de uma ovelha adulta e retiraram-lhe o núcleo. Entretanto, extraíram células mamárias de uma outra ovelha. Após um conjunto de manipulações, implantaram o embrião no útero da ovelha portadora, que deu à luz a Dolly. Este processo viola a lei mais elementar da biologia: para gerar um novo ser é necessário um espermatozóide e um óvulo.Este processo é complexo, com uma elevada taxa de insucesso. Para se produzir a Dolly foram necessárias 277 tentativas, só 2% chegaram a nascer e só a Dolly conseguiu viver, morrendo precocemente. Depois da Dolly, a técnica da clonagem foi aplicada a ratos, porcos, touros e vacas. Existem projectos para se clonarem espécies em vias de extinção.